• Sábado, 14 de Dezembro de 2024

‘Puxou minha roupa e me tocou’: Empresária relata abusos de fotógrafo denunciado por assédio em MS

Fotógrafo foi denunciado no dia 25 de outubro por outra jovem

MIDIAMAX/THATIANA MELO


(Helder Carvalho, Midiamax) – Ilustrativa

“Eu fiquei paralisada', disse uma empresária de 33 anos que também foi vítima de um famoso fotógrafo de Campo Grande, acusado de assédio sexual. O fotógrafo tem mais de 15 mil seguidores nas redes sociais. Ele foi denunciado por outra mulher no dia 25 de outubro deste ano. O caso é investigado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

O ano era 2011 quando a empresária e um grupo de amigas que estavam se formando compraram um pacote de fotos profissionais para usarem após a formatura. Na época, as jovens tinham 20 anos. 

A empresária disse ao Midiamax que quando chegou a vez dela fazer as fotos no estúdio, o fotógrafo pediu para que tirasse a blusa para um ensaio mais sensual, o que ela achou estranho já que as fotos eram profissionais. Ela não tirou a blusa. 

O fotógrafo insistiu e falou para a empresária levantar um pouco a saia para ficar mais sexy, nisto ele foi até ela e levantou a saia passando as mãos em suas partes íntimas. “Neste momento fiquei paralisada, perplexa, sem saber o que fazer', disse.

“Criei muitas coisas na minha cabeça. Cheguei a achar que estava imaginando coisas', disse a empresária que já soube por amigas que outras mulheres passaram pelo mesmo que ela. 

Na época, a empresária disse que não registrou boletim de ocorrência, mas sabe que é necessário denunciar. “Não podemos nos calar', disse a empresária que afirmou que o fotógrafo é influente e faz ensaios e fotos de famílias da alta sociedade de Campo Grande. 

Denúncia de assédio  

Estudante denunciou um fotógrafo de Campo Grande por abuso sexual durante um ensaio, no dia 25 de outubro. O caso está em investigação pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). 

À reportagem do Jornal Midiamax, a vítima contou que foi até o estúdio para realizar fotos profissionais para a sua formatura. Durante o ensaio, ocorreram os abusos e, segundo ela, o fotógrafo chegou a filmar.

Com isso, ela procurou a Deam e registrou boletim de ocorrência contra ele. “Tenho todas as provas de conversas com ele. Eu passei por uma situação muito difícil lá no estúdio, pois lá dentro, sozinha, não tive reação alguma. Apenas ele fez tudo que queria fazer e eu só obedeci para poder sair logo de lá. Eu paralisei, só queria que acabasse logo', afirmou a mulher.

Desde então, a investigação corre em sigilo. Ainda assim, a mulher procurou a reportagem por se sentir revoltada, já que o fotógrafo está em liberdade.

Assim, ela contou que o suspeito prestou esclarecimentos na delegacia e teria alegado à polícia que foi contratado para realizar fotos sensuais. Com isso, contrariou a versão apresentada pela estudante ao Jornal Midiamax. “Minha revolta é que nada aconteceu e ele está trabalhando normalmente', disse, indignada. 

Alguns registros de tela enviados por ela à reportagem mostra que o fotógrafo admite o fato, pois lhe pede perdão. “Me perdoe, eu errei, cai em tentação. Se não puder fazer por mim, faz pela minha mãe, por favor', disse o acusado, que alega que a mãe possui diabete e está aos cuidados dele.

Caso de violência doméstica

Além da denúncia recente de abuso sexual, o fotógrafo já responde por ameaça e injúria, no âmbito da violência doméstica, contra a ex-companheira em 2019. 

Na ocasião, a mulher procurou a Deam para denunciar que o fotógrafo estaria lhe ameaçando e agredindo verbalmente, pois a chamava de “louca, p*ta e demente'. 

À polícia, a vítima relatou que conviveu com o fotógrafo durante nove anos e estavam separados há 100 dias. Como o casal sempre teve um relacionamento complicado, segundo o boletim de ocorrência, ela contou que não procurou a delegacia antes por medo e dependência.  

Na delegacia, a ex-companheira do acusado relatou que ele sempre a controlou demais e eram comuns agressões verbais. Além disso, o registro policial diz que o fotógrafo ameaçava agredir a mulher fisicamente quando ela discordava dele. 

Apesar da denúncia, ela optou, na época, por não representar criminalmente contra o ex-companheiro e nem solicitar medidas protetivas.



Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.
Para mais informações, consulte nossa política de cookies.